As diferentes podas em jardins verticais: mais do que manutenção, um cuidado terapêutico

por | 11 mar, 2025

Um jardim vertical é muito mais do que um conjunto de plantas dispostas em uma parede. É uma expressão viva, uma obra de arte que evolui com o tempo. E, como toda arte, exige cuidado, atenção e, principalmente, podas regulares para manter sua beleza e saúde. Afinal, a poda não é apenas uma tarefa de manutenção – é um gesto de carinho com o jardim, uma forma de garantir que ele continue vibrante, equilibrado e cheio de vida.

Entre os tipos de podas mais comuns em jardins verticais, destaca-se a poda de limpeza. Essa é a poda essencial, aquela que devolve o frescor e a vitalidade ao jardim. Folhas velhas, secas ou amareladas não só comprometem a estética mas também podem se tornar um refúgio para doenças e pragas. Para essa tarefa, muitas vezes, as mãos são as melhores ferramentas. Com os dedos, é possível vasculhar delicadamente a região por trás da massa vegetal, removendo o que não serve mais. E um truque simples? Chacoalhar suavemente as folhas dos maciços vegetais ajuda a liberar o excesso de material seco, deixando o jardim mais leve e arejado.

Já a poda de arquitetura ou equilíbrio é aquela que molda o crescimento das plantas, garantindo harmonia visual e funcional. Aqui, o objetivo é estimular o desenvolvimento lateral, podando as gemas apicais – aquelas pontinhas dos galhos – para que as gemas laterais brotem com mais vigor. O resultado? Plantas mais cheias, volumosas e bem distribuídas. Para essa tarefa, tesouras e alicates de poda mais robustos são indispensáveis, permitindo cortes precisos e eficientes.

Quando o assunto é dar forma e estilo ao jardim, entra em cena a poda de topiaria. Com tesourões de poda ou até mesmo podadores elétricos, essa técnica permite rebaixar o volume de certas herbáceas, evitando que elas cresçam demais e acabem sufocando as plantas vizinhas. É a poda que mantém o equilíbrio entre as espécies, garantindo que cada uma tenha seu espaço para brilhar.

E há ainda a poda drástica ou de rebrota, um verdadeiro recomeço para algumas plantas. Realizada de tempos em tempos, essa poda radical é essencial para espécies como os capins, que precisam ser cortados a cerca de quatro dedos de altura duas vezes ao ano – geralmente no outono e no início da primavera. Apesar de parecer intensa, essa prática é fundamental para renovar a energia das plantas, fazendo com que elas rebrotem com ainda mais vigor e saúde.

É claro, nem todos os jardins verticais exigem o mesmo nível de atenção. Aqueles com desenhos complexos e manchas coloridas, por exemplo, tendem a demandar podas mais frequentes, especialmente se forem compostos por plantas que se ramificam rapidamente. Por outro lado, jardins formados por epífitas e filodendros são mais tranquilos, quase autossuficientes, exigindo pouca intervenção.

No fim das contas, a poda é um ritual terapêutico que conecta o cuidador ao jardim.

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